quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Comitê de ética recomenda suspensão de Blatter

Essa foi uma notícia veículada hoje, em que o Comitê de Ética da FIFA recomendou a suspensão do até agora presidente da entidade Joseph Blatter, que pretende cumprir seu mandato até fevereiro, quando estão marcadas novas eleições que definirão o novo presidente da FIFA.
O juiz Hans-Joachim Eckert ainda precisaria sancionar a decisão e, nesse caso, o camaronês Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), poderia assumir o posto de forma interina. A informação não é oficial e veio a público através de Klaus Stoehlker, amigo de Blatter.
De acordo com a emissora britânica e com o jornal "The Independent" (que publicou a notícia logo depois), o comitê tomou a decisão com base nas recentes denúncias feitas pelo Ministério Público Suíço contra Blatter. Klaus Stoehlker descreveu o veredito como pendente, o que deixaria o afastamento ainda em aberto, e disse que nada foi provado contra o presidente da Fifa até o momento. O advogado do dirigente afirmou ao jornal "New York Times" que não recebeu nenhuma notificação sobre qualquer punição.
Blatter se pronunciou nesta quarta-feira justamente para garantir que não deixará a presidência da Fifa antes do dia 26 de fevereiro, data marcada para a eleição que definirá um novo presidente para a entidade. Ele sofre uma pressão exercida pelos principais patrocinadores para que largue a presidência da FIFA antes do previsto.
Mesmo se a suspensão for sancionada por Hans-Joachim Eckert, responsável por decidir casos em que o código de ética da Fifa é violado, o dirigente suíço poderia voltar ao cargo a tempo da eleição. O próprio Blatter marcou o novo pleito, abrindo mão de completar o quinto mandato à frente da Fifa, após estourar um grande escândalo de corrupção na entidade.
Isso acontece porque Blatter está sob investigação do Ministério Público da Suíça, acusado de gestão fraudulenta e apropriação indébita. Além disso, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, está afastado de suas funções, acusado de participar de um esquema ilegal de venda de ingressos. Dois ex-vice-presidentes da Fifa (Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb) foram presos pelo FBI em maio.

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