Depois do sorteio ontem dos grupos, foi definido em reuniões entre a federação e os dirigentes dos clubes muitas novidades.
A grande mudança ficou por conta do rebaixamento. Seis clubes cairão
para Série A2, enquanto a fórmula de disputa será a mesma deste ano. Os
20 clubes foram divididos em quatro grupos e os dois primeiros
classificação às quartas de final. Caso em um só grupo estejam os quatro clubes com o menor número de
pontos ganhos, classifica-se para a fase quartas de final o melhor
terceiro colocado dos demais grupos.
E por enquanto subirão somente dois clubes da A2 para o Paulistão 2017, ficando ano que vem com 16 equipes somente. A medida visa principalmente dar maior tempo de preparo, maior descanso aos jogadores e ter datas mais disponíveis em um calendário que costuma ser apertado.
Outra mudança interessante é em relação aos técnicos dos clubes. Cada técnico, agora, poderá dirigir apenas uma equipe no Campeonato
Paulista. A medida será usada para ver se diminui o número de
demissões no torneio.
Outra mudança é em relação às divisões de cotas entre os clubes. Será criada uma tabela racional na distribuição de receitas da televisão e
patrocinadores, que antes beneficiava os quatro grandes
clubes (São Paulo, Santos, Corinthians e Palmeiras). Os valores distribuídos de forma racional e a criação de um bônus e de
um ranking estadual são os primeiros passos para uma divisão equitativa e que, no
futuro, permite, o desenvolvimento de todos os clubes dentro de suas
possibilidades e sua organização.
Os grandes clubes – Corinthians, Santos, Palmeiras e São Paulo –
continuam com as maiores verbas, mesmo porque são as maiores atrações da
competição. De R$ 13 milhões do ano passado vão receber agora R$ 17
milhões. Quanto às outras equipes, foram criados quatro valores de cotas diferentes e que podem mudar com o decorrer dos anos, considerando-se os méritos de
cada clube. Duas situações vão ser valiosos nesta pontuação de "ranking paulista", a posição dentro do Paulistão e também a participação dentro do Campeonato Brasileiro.
O clube mais beneficiado com esta mudança é a Ponte Preta, que sai dos
R$ 2,7 milhões para R$ 5 milhões brutos. Foi considerado ai a sua
presença no Brasileirão e também sua participação freqüente dentro do
Paulistão. A Ponte Preta está na elite desde 2000 e para chegar no valor total ela ganhou R$ 100 mil por ano
disputado no Paulistão, R$ 1,5 milhão, e mais R$ 500 mil de bônus por
estar na Série A.
A partir daí, foram criados dois novos grupos ou categorias de clubes que participam da elite, com duas cotas básicas. Os 11 atuais, que incluem os que disputaram 2015, e se mantiveram e os quatro novatos, vindos da Série A2.
Os 11 atuais receberão por enquanto R$ 2,7 milhões. São eles Botafogo-SP, São Bento, Linense, Ituano, São Bernardo, XV de Piracicaba, Audax Osasco, Capivariano, Red Bull Brasil, Mogi Mirim e Rio Claro. Já os quatro novatos, Ferroviária, Novorizontino, Oeste e Água Santa (ou Mirassol) receberão inicialmente R$ 2 milhões.
Foi criado um bônus para os clubes que vão participar do Campeonato Brasileiro – das Séries A, B, C e D. Ficaria assim a distribuição: Série A, R$ 500 mil, Série B, R$ 350 mil, Série C, R$ 250 mil e Série D, R$ 150 mil.
Desta forma, um beneficiado foi o Oeste de Itápolis, que além da
cota de R$ 2 milhões pelo acesso da Série A2, vai ter uma bonificação de
R$ 350 mil, num total de R$ 2.350 mil. O Mogi Mirim, embora tenha sido
rebaixado para a Série C do Brasileiro, vai receber seu bônus como
participante da Série B em 2015, num total de 2,7 milhões de cota, mais o
bônus de R$ 350 mil e um total de R$ 3.050 milhões. Red Bull e
Botafogo, que já estão no Paulistão e que disputaram a Série D, vão
receber cada um a cota de R$ 2,7 milhões, mais o bônus de R$ 150 mil,
num total de R$ 2.850 milhões.
Este sistema também vai servir para os
clubes da Série A2. A estimativa de cota básica para cada
clube é de R$ 600 mil para quem caiu da Série A1 (4 times) e R$ R$ 400
mil para quem subiu da Série A3 (4 times). O Bragantino, por
exemplo, vai receber R$ 600 mil mais a bonificação de R$ 350 mil por
disputar a Série B do Brasileiro. Guarani e Portuguesa vão receber R$
600 mil mais R$ 250 mil, num total de R$ 850 mil. Também está previsto uma indenização para os clubes rebaixados em 2016, vítimas da
brusca queda de participantes do Paulistão: de 20 para 16 – vão cair
seis times e subir apenas dois. Os últimos quatro colocados vão receber
em 2017 a cota básica da Série A2 (que hoje seria R$ 600 mil). Mas o
quinto e sexto rebaixados vão ter direito a receber a cota integral que
receberem em 2016.
Quanto à série A2 e A3, será o mesmo sistema do Paulistão, seis clubes serão rebaixados por divisão e
apenas dois conquistarão o acesso. Em 2017, a partir disso, vão descer e
subir três times. Devido à isso, pode-se extinguir a Segundona do Paulista (quarta divisão estadual). Com o maior número de rebaixamentos, a ideia é aglomerar todos os
clubes na Série A3. Os times que disputariam a última divisão teriam
que se adequar aos padrões da terceira divisão para entrar no
campeonato, incluindo normas referentes a capacidade de estádio e
infraestrutura. Assim, em 2017, o Paulista contaria apenas com Série A1, Série A2 e
Série A3. A primeira e a segunda divisão teriam um limite de
participantes. No caso do Paulistão já está definido o número de 16
times. Na terceira divisão, participariam os times que estivessem dentro
dos padrões estabelecidos pela federação.
Fonte da notícia: Futebol Interior
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
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